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Mostrando postagens de 2016

discussões da sociologia e psicologia #resumo

No centro destes capítulos estão: Lazarsfeld (sociologia) Lewin (psicologia) Seguindo os ânimos do capítulo anterior, senti que Heims continuou mostrando sua posição política nestes últimos capítulo - sutilmente. Ao iniciar o capítulo 8 com a frase "cybernetic ideas can be applied in the most diverse ideological context" ele anuncia o que está por vir. Os dois capítulos, assim como os anteriores, são separados por grupos de elite, que geralmente variam com temas focados em dois participantes com outros como satélites. No primeiro (8), temos um panorama geral das situações políticas nos Estados Unidos, os esforços, já anunciados, de intervenção governamentas dentro da produção acadêmica, levando, em alguns casos, à paralização da atividade acadêmica. Enquanto os encontro Macy não se abriam para as pessoas que pesquisam em torno de soluções para os problemas sociais relacionados ao racismo, ao anticomunismo, entre outros, houve uma discreta migração de pesquisadores qu

A Fundação Macy e a Saúde Mental no Mundo

Considere ler essa conversa entre Bateson e Margaret Mead . :) Margaret Mead: (...) I think the difference between art and science is that each artistic event is unique, whereas in science sooner or later once you get some kind of theory going somebody or other will make the same discovery. Personagens principais deste capítulo: 1. Fremont-Smith, Abramson 2. Fremont-Smith, Mead O capítulo 7 "The Macy Foundation and Worldwide Mental Health" passeia entre os anos 1930 a 1960 e seus investimentos e personagens que permeavam o campo da saúde mental. Ou, melhor, da mente, em geral. Para começar a história, Heims refere-se à fundação da Macy Foundation, datada de 1930, promovida por sua filha Kate Macy Ladd, após um estudo sobre as áreas de pesquisa negligenciadas pelas fundações filantrópicas. O estudo recomenda que os cuidados com a saúde devem ser a preocupação central da fundação. "The study found that 'biochemical and physiological research were receiving f

Parceria entre Mozilla e ONU Mulheres para empoderamento feminino digital

Uma parceria da Mozilla com a ONU para empoderar mulheres em questões digitais na África está sendo desenvolvida. O projeto procura promover esse empoderamento para diminuir as desigualdades de gênero e geográficas, acreditando que a web é um espaço propício para grande oportunidades, especialmente, na promoção de igualdade. O projeto, que já passou pela Índia, Indonésia e Brasil, deve corre até o fim de 2016, como segue no trecho do texto traduzido diretamente deste website . Tradução/Translation A internet é mais poderosa quando qualquer pessoa - independente do gênero ou geografia - pode participar igualmente. Uma web verdadeiramente aberta deve abrir oportunidades educacionais, econômicas e cívicas para todas as pessoas, em todos os lugares. Motivados por essa crença principal, Mozilla e ONU Mulheres - uma entidade das Nações Unidas dedicada ao empoderamento de mulheres estão se juntando para ensinar habilidades digitais para garotas e mulheres em Nairobi, Kênia e Cape Town, n

The Cybernetics Group - #resumo

Não foi fácil encontrar imagens de Heims, inclusive, esta foi a única que encontrei. As informações pessoais também vieram de apenas dois websites, que estão linkadas nesta apresentação. De acordo com a KeyWiki , Heims fugiu da Alemanha nazista para os Estados Unidos, onde conheceu sua esposa com a qual teve uma filha, a jornalista Leila McDowell-Head que, apoiada pelo seu pai, fez parte do Partido dos Pantera Negra. Segundo Wikipedia, os Pantera Negra tinha como finalidade original da organização era patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos atos de brutalidade da polícia. Posteriormente, os Panteras Negras tornaram-se um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros de pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros da cadeia e o pagamento de indenizações aos negros por "séculos de exploração branca". A ala mais radical do movimento defendia

The Cybernetics Group #tradução

Prefácio O tema deste livro, nas séries das conferências multidisciplinares, mantida pela Fundação Macy e realizada entre 1946 e 1953, discute um amplo conjunto de tópico que eventualmente foram chamados de cibernéticos. Vindo como resultado da Segunda Guerra Mundial, quando os avanços científicos e técnicos dos anos de guerra - por exemplo, a proposta-geral moderna do computador e os modelos baseados nela - estavam apenas se tornando moeda pública, a série de conferências teve um papel histórico significante no desenvolvimento das ciências humanas e naturais nos Estados Unidos. As conferências cibernéticas e eventos concomitantes formam uma história complexa, e eu tentei incluir uma pequena porção delas neste livro. Eu escolhi focar nos pesquisadores/as da psicologia, antropologia, sociologia e psiquiatria ao invés de engenheiros, biólogos e matemáticos. Para o livro ser visto com sua própria luz, eu preciso dizer algo sobre o processo de escrita e minha relação com o próprio te

Repair, Dhaka, Kavango, Paraguai #resumo

Ao som de PJ Harvey. Textos: Designing for Repair? Infrasctructures and Materialities of Breakdown  Daniela K. Rosner, Morgan G. Ames Learning, Innovation, and Sustainability among Mobile Phone Repairers in Dhaka, Bangladesh Steven J. Jackson, Syed Ishtiaque Ahmed, Md. Rashidujjman Rifat Repair Worlds: Maintenance, Repair, and ICT for Development in Rural Namibia Steven J. Jackson, Alex Pompe, Gabriel Krieshok As experiências de Dhaka, Kavango e Paraguai têm elementos comuns e heterogêneos - são espaços permeados por uma historicidade colonizada, marca por tecnologias e economias desfavoráveis quando comparadas aos Estados Unidos. Essa distinção ficou mais marcada nestes textos, que também pareceram ter uma preocupação maior em pensar os artefatos sociotécnicos, as culturas, mundos sociais e formação de fronteiras. Em algum momento, o conhecimento tecnológico também aparece como um espaço de privilégio. É interessante pensar esse espaço de privilégio mesmo quan

p r e p a r a seminário, congresso, virada, primavera

VIRADA FEMINISTA 03 e 04 de setembro de 2016 a resistência que transforma A Virada Feminista é um esforço coletivo de mulheres militantes, artistas e artistas militantes para promover 24h de cultura feminista na cidade de São Paulo! Inspirada na resistência cotidiana das mulheres, a Virada contará com atividades de dança, cinema, teatro, literatura, internet livre, fotografia, zine, agroecologia, grafite e culinária das 17h às 17h nos dias 3 e 4 de setembro! PRIMAVERA HACKER 04 de novembro de 2016 Primavera Hacker es un encuentro gratuito en torno a las relaciones entre tecnología, política y prácticas creativas que busca fomentar una mirada disidente de la lógica económica dominante. Concebimos la tecnología no como un objeto neutro, sino como uno que está atravesado en su diseño, desarrollo y uso por decisiones políticas. Si bien históricamente la tecnología ha estado asociada al desarrollo del capitalismo y la explotación que este genera, hoy más que nunca constituye un ter

Repair, Value, Breakdown, Obsolescence and Reuse

Valores no Reparo Lara Houston Steven J. Jackson Daniel K. Rosner Syed Ishtiaque Ahmed Meg Young Laewoo Kange Para continuar falando de reparo, este texto trata de demonstrar quatro exemplos práticos de grupos que trabalham diretamente com reparos de tecnologias, como celulares. A ideia, no entanto, de discutir valores, é enaltecida com o interesse de trabalhar com " the forms and processes of value grounded in the ongoing work of fixing and maintaining the objects and systems around us ". Eles estão ligados às infraestruturas que rodeiam as tecnologias e os seres humanos, sendo muitas vezes referenciados como "interação humano-computador". Essas interações carregam profundas consequências sociais sobre a distribuição de poder, conhecimento e autoridade nas ordens sociais mediadas. Com exemplos que passam pelos Estados Unidos, Bangladesh e Uganda, os autores mostram como os sistemas de valores nas produções industriais e, também, na formação de conheciment

Rethinking Repair #resumo

Steven J. Jackson desenvolve um texto preciso e fácil de ler, com exemplos práticos do que significa um mundo fraturado e porque repensar o reparo/reciclagem é importante na atualidade. O exemplo da Apple, sua saída da EPEAT (e, posteriormente, seu retorno), com tecnologias que não podem ser reutilizadas, melhoradas ou recicladas não poderia ser mais atual, com o desenvolvimento de atuais celulares em que não podemos, por exemplo, comprar uma nova bateria quando a original "vicia". A obsolescência programada é fato consumado de quem vive nas grandes cidades brasileiras - é claro que nossa realidade metropolitana nos faz, por vezes, esquecer  - ou sequer, "ter conhecimento" - que 46,5% da população brasileira não tem acesso à internet (PNAD, 2014); essa outra população, por exemplo, vive mais do reparo, da reciclagem do que nós - cidadãos das grandes cidades - é também, como mencionou o autor, através do "reparo" que a "inovação" pode existir; a

As computadoras - filme

O filme The Computers   foi lançado esse ano e conta a história das programadoras do ENIAC , que também eram conhecidas como computadoras. Elas trabalharam nas máquinas que contribuiriam efetivamente na segunda guerra mundial (guia de mísseis, etc). A construção do Electronic Numerical Integrator and Computer durou três anos. Segundo Pierre Levy, em A invenção do Computador : O ENIAC continha 19.000 tubos de vácuo interconectados segundo um plano labiríntico, o que fazia dela uma das máquinas mais complexas alguma vez construídas. Os números eram codificados na calculadora em “decimal unário” (cada algarismo era representado pelo número de impulsos correspondentes num “anel” com dez lugares, e havia um anel das unidades, um anel das dezenas, etc. (...) O ENIAC foi finalizado em 1946. Não serviu, portanto, para a vitória dos aliados nem para calcular as tabelas de tiro e de bombardeamento nem acelerar os cálculos necessários para construção da bomba atômica, que explodiu nos

pesquisa do doutorado

Como já era esperado, minha pesquisa no doutorado está se modelando. Começo uma primeira fase (que, provavelmente, não será escrita na mesma linearidade) com uma chamada para mulheres relatarem algum tipo de preconceito ou assédio que tenham sofrido no ambiente da computação ou na universidade, em casa, etc, devido a sua escolha profissional. Eis o chamado: Oi, pessoal! Quem me conhece há algum tempo sabe que participei e participo de alguns grupos de software livre e, especialmente, de mulheres na tecnologia. Nesses grupos, e em outras vivências cotidianas, ouvi relatos de mulheres que sofreram assédios e preconceito no ambiente acadêmico, em entrevistas, no trabalho ou dentro de casa, especificamente pelo seu gênero. Convido essas mulheres - que estudam, trabalham ou querem estudar/trabalhar com computação -  a compartilhar seu relato nessa página. Eles serão compilados em um vídeo (amador) que será disponibilizado na internet. Agradeço muito a todas! #juntas podemos reescrever

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

(off: parece que a pauta deste blog está mesmo em alta.) Ontem, 11 de fevereiro de 2016, foi instituído o/como o/ Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência . Para celebrar a data, vários sites feministas estão publicando artigos sobre mulheres nas ciências. fonte da imagem (12.02.2016) À parte disso, que deixo para outra publicação, vou falar um pouco sobre o documento que foi publicado institucionalizando este dia , que reafirma algumas resoluções e reconhece outros fatores. O objetivo geral é cumprir um plano de erradicação da pobreza em todas as dimensões, inclusive a pobreza extrema até 2030. Presume-se que isso não será possível se não houver a participação de mais cientistas na área. Além disso, as mulheres correspondem metade da população mundial e precisam ser encorajadas a participar das ciências. Neste caso, não só as mulheres, como também as meninas. É interessante essa ressalva na participação das "meninas" - inclusive na institucionalização

mulheres que escolhem ciências da computação

Mulheres que escolhem Ciências da Computação - O que realmente importa O Google conduziu um estudo para identificar os motivos e experiências que influenciam as mulheres a seguir uma carreira nas Ciências da Computação. Ele está baseado em quatro termos: 1. Encorajamento Social: de familiares e pessoas próximas; 2. Auto-percepção: interesse em quebras-cabeças e em resolver problemas; 3. Exposição acadêmica: a disponibilidade e oportunidade para participar/fazer um curso na área; 4. Percepção de carreira: a familiaridade com e percepção de ver a Ciência da Computação como uma carreira de diversas aplicabilidades e grande potencial de um positivo impacto social. Relatório do Google "De acordo com a National Science Board's "Indicadores da Ciência e Engenharia para 2012", mulheres são apenas 26% das profissionais das Ciências da Computação e Ciências Matemáticas nos Estados Unidos . Esses números são ainda mais gritantes quando notamos que embora os graus

4000 anos de mulheres na ciência

Esse site tem uma catalogação de (mini)biografias de mulheres na ciência. Eu sempre fico me perguntando porque não temos o mesmo para as personagens do Brasil, ou da América Latina, que seja. Está passando da hora de fazermos algo assim. As astrônomas Dra. Deborah Crocker (Universidade do Alabama) e Dra. Sethanne Howard (US Naval Observatory) é que mantém o site, ambas estão aposentadas. Ver ainda: Pioneiras da ciência no Brasil . As mulheres na ciência brasileira .

staying with the trouble

Staying with the trouble [1] é um termo que eu gosto bastante, me lembra um pouco que o mundo é uma merda, mas que temos que aprender a lidar com ele (e, se possível, transformá-lo). Essa expressão, na verdade, aprendi lendo textos e vendo vídeos de Donna Haraway , autora que tanto aprecio. Hoje, assistindo Se7en - os setes pecados capitais , me lembrei bem desse termo. "Vale a pena lutar por ele". Essa é a questão, staying with the trouble significa que reconhecemos que temos um problema, a questão, neste ponto, é individual, vale a pena lutar por ele? No antropoceno, a tendência é acreditar que estamos fadados ao fracasso, à destruição em massa, desnutrição, inanição. Como já predizem as mais variadas ficções científicas (FC) sobre androides (que querem destruir a humanidade, antes que ela destrua todo o resto, inclusive, ela mesma). Eu tendo a ser tão fatalista quanto os androides da FC. Quem, neste mundo, pode acreditar que vale a pena continuar a rep

manifesto sobre o silêncio e a tradução #divagação

Estudar e viver o feminismo trouxe muitos amores para minha vida. Acima de tudo, trouxe muita reflexão e consciência a respeito do mundo. Uma autora a quem me apeguei recentemente trata-se da irmã outsider Audre Lorde , que escreveu a célebre frase "do que mais me arrependo são dos meus silêncios". Audre Lorde em cena do documentário ‘Audre Lorde: The Berlin Years 1984 to 1992’ . (Fonte: blogueiras feministas ) Nas noites viradas de escrita de dissertação, persegui cantos de traduções e não-traduzíveis textos sobre conceitos, vidas e reflexões. Spivak tem maravilhosas leituras sobre este caso, uma delas é este texto . Ela mesma escreve que não ministra aulas com textos em que não consiga ler o original. Há algum tempo questionava colegas que se importavam tanto com traduções - que coisa de filósofos! Ainda questiono. Na verdade, acho que, muitas vezes, há casos em que não há necessidade de tanta atenção. Mas, ainda no feminismo, Haraway chamou atenção ao escrever um

recomendados: Donnie Darko #filme

Assista Donnie Darko (tem no netflix!), enigmático e com uma trilha sonora perfeita. (texto raso e com spoilers ) Quando aos dezesseis assisti Donnie Darko pela primeira vez, cheia de marra, deixei de aproveitar os momentos brilhantes deste filme de 2001. A trama do filme, na verdade, gira em torno de um livro que se chama A filosofia da viagem no tempo, de Roberta Sparrow (este link explica bem a analogia do livro no filme). A ideia de viagem no tempo nos parece tão absurda que por vezes, até mesmo por haver essa sugestão, é possível achar que se está assistindo uma viagem esquizofrênica do jovem Donald. A autora do livro, Roberta Sparrow, é representada no filme como a Vovó morte (Gradma Death). Uma senhora de 101 anos que, permanentemente, vai e volta para sua caixa de correios verificar se recebeu uma correspondência - a teoria apresentada é que ela espera uma carta de alguém que fez a viagem no tempo. Assim como esperado, também, no prefácio de seu livro: Se eu ainda